Botafogo de Futebol e Regatas bateu Grêmio Foot-Ball Porto Alegrense por 3 a 2 em um dos jogos mais eletrizantes da 35ª rodada do Campeonato Brasileiro Série A 2025, neste sábado, 22 de novembro, às 19h30 (horário de Brasília), no Estádio Nilton Santos, no Rio de Janeiro. O resultado não só acendeu o sonho de classificação para a Copa Libertadores 2026 para os alvinegros, como deixou os gaúchos na corda bamba da rebaixamento — com apenas três rodadas restantes. A partida, marcada por gols em sequência, intervenções do VAR e uma torcida em polvorosa, foi transmitida por quase todas as grandes emissoras do país, cada uma com seu tom, mas todas concordando: foi um clássico da reta final.
Botafogo entrou em campo com força e logo aos 12 minutos, Cuiabano, o volante de origem mato-grossense, abriu o placar com um chute de fora da área que espirrou no chão e enganou o goleiro. Aos 27, Artur, o ponta que virou centroavante por necessidade, completou de cabeça após cobrança de escanteio de Savarino. O Niltão explodiu. Mas o Grêmio não se entregou. Aos 38, André Henrique, em contra-ataque rápido, desviou com o ombro e reduziu: 2 a 1 no intervalo.
Na volta do intervalo, Botafogo voltou mais cauteloso. O Grêmio pressionou, e aos 18 minutos da etapa final, Fernando Marçal — que jogava contra seu ex-clube — marcou de cabeça em cobrança de falta de Danilo. O placar virou 3 a 1. O estádio já cantava ‘Botafogo, campeão!’ — mas o futebol tem um jeito de dar voltas. Aos 43, Carlos Vinícius, o artilheiro que voltou de lesão, desviou um cruzamento de Jordan Barrera e diminuiu: 3 a 2. O silêncio no Niltão durou apenas segundos. A torcida alvinegra voltou a gritar, mas desta vez com medo.
Se o gol de Carlos Vinícius deixou os gaúchos acreditando, o VAR foi o verdadeiro herói dos alvinegros. Aos 41 minutos, após uma entrada dura de Correa, o árbitro apontou para a marca de pênalti. O Niltão gritou. Mas o árbitro de vídeo, Saimon Bianchini, analisou a imagem e anulou a cobrança: o toque de Correa foi em cima da perna, não na bola. Se o pênalti tivesse sido marcado, o Grêmio teria empate e o jogo mudaria completamente. Em vez disso, Botafogo saiu ileso — e com a vitória.
Antes da partida, Botafogo tinha 55 pontos em 35 jogos: 15 vitórias, 10 empates e 9 derrotas. Com saldo de +17 gols, estava em 5º lugar, a apenas 6 pontos de Cruzeiro (65), o 4º colocado, que garante vaga direta na Libertadores. O Grêmio, por outro lado, tinha 43 pontos — 11 vitórias, 10 empates e 13 derrotas — e estava em 11º, apenas dois pontos acima da zona de rebaixamento. Com três jogos restantes, os gaúchos precisam de, no mínimo, cinco pontos para garantir a permanência. E agora, com a derrota, a pressão aumentou.
Flamengo lidera com 71 pontos, Palmeiras vem em segundo com 69, Cruzeiro em terceiro com 65, e Mirassol em quarto com 60. Botafogo está na frente de times como Internacional (48 pontos) e Santos (44). O time carioca, que já venceu por 3 a 2 no último jogo contra o Sport, agora tem um caminho mais claro: vencer o Ceará na próxima rodada e manter a calma.
O Botafogo entrou com: Linck (24), Cuiabano (6), Barboza (20), Loiola (57), Vitinho (2), Danilo (35), Freitas (17), Correa (30), Savarino (10), Artur (7) e Kadir (37). O técnico André Jardine apostou em um 4-4-2 com dois volantes, e a estratégia de pressão alta deu certo. Já o Grêmio, sob comando de Luiz Felipe Scolari, começou com Mateo Ponte, Jordan Barrera, Newton, Marcos Vinagre e Fernando Marçal — este último, que marcou o terceiro gol contra seu ex-clube. O time gaúcho sofreu com a falta de criatividade no meio-campo, e o único jogador que realmente assustou foi Carlos Vinícius, que chegou aos 17 gols na temporada.
A partida foi coberta por mais de oito canais. RÁDIO GAÚCHA e GZH tiveram narração de Gustavo Manhago, comentários de Guerrinha e CCD, e reportagem de Geison Lisboa. ESPN Brasil destacou o desempenho de Artur e o impacto do VAR. R7 e Desimpedidos fizeram vídeos curtos com reações da torcida. TNT Sports Brasil chamou de “chuva de gols e emoção no Niltão” — e não exagerou. A transmissão ao vivo pelo YouTube do Grêmio FBPA teve mais de 800 mil acessos simultâneos. Já o site gremio.net e as redes sociais do clube registraram picos de engajamento, com milhares de torcedores pedindo demissão de Scolari.
Na verdade, o que está em jogo não é só um jogo. É a dignidade de um clube com 122 anos de história. É o sonho de um time que não joga na Libertadores desde 2018. E é a luta para não cair, para não virar mais um nome na lista de rebaixados.
Botafogo enfrenta o Ceará, fora de casa, na próxima sexta-feira. O Ceará, que está na zona de rebaixamento, precisa desesperadamente de pontos. Se o Botafogo vencer, a vantagem sobre o 6º colocado aumenta, e a classificação se torna quase certa. Já o Grêmio recebe o São Paulo, em Porto Alegre. Um empate pode ser suficiente — mas só se os adversários da zona de rebaixamento perderem. E isso é um jogo de dominó que ninguém pode controlar.
Com o resultado, Botafogo se tornou o primeiro time fora dos quatro primeiros a garantir matematicamente que está na disputa direta por uma vaga na Libertadores. O Grêmio, por outro lado, perdeu a chance de se afastar da zona de rebaixamento. Agora, a pressão sobre Scolari aumenta. Os torcedores já estão organizando protestos nas redes sociais. O clube, que já passou por crises maiores, agora enfrenta a pior crise em anos: a de não saber se ainda tem futuro na elite.
Botafogo subiu para o 5º lugar com 55 pontos, a seis pontos do 4º (Cruzeiro, com 65). Apenas os quatro primeiros garantem vaga direta. Mas o 5º colocado entra na fase de classificação da Libertadores. Com três jogos restantes, o Botafogo pode ainda subir para o 4º — e garantir vaga direta — se vencer todos os jogos e o Cruzeiro perder pontos. A situação é tensa, mas viável.
Com 43 pontos, o Grêmio está apenas dois pontos acima do 16º lugar (Vasco, com 41). Dez equipes estão separadas por apenas sete pontos da zona de rebaixamento. O time sofre com a falta de consistência: em 13 derrotas, 10 foram por 1 a 0 ou 2 a 1. A defesa está desorganizada, e o meio-campo não cria chances. Sem vitórias em três jogos, a situação é crítica.
O VAR anulou um pênalti contra Botafogo aos 41 minutos, que poderia ter igualado o placar. Sem essa decisão, o Grêmio teria tido chance de pressionar até o fim com empate. A decisão foi controversa, mas correta: a falta foi na perna de Correa, não na bola. Essa foi a diferença entre a vitória e o empate — e talvez entre a Libertadores e o rebaixamento.
Cuiabano abriu o placar com um chute de fora da área, e Artur marcou o segundo com cabeça. Fernando Marçal, que jogou pelo Grêmio até 2024, fez o terceiro gol contra seu ex-clube — e foi o grande nome da partida. Para o Grêmio, Carlos Vinícius foi o único perigo constante, com seu gol de descontos. Mas a equipe como um todo falhou na criação e na organização.
No Twitter, #BotafogoNaLibertadores trendou por mais de 12 horas. Torcedores alvinegros compartilharam vídeos da comemoração no Niltão. Já no Grêmio, #ForaScolari foi o mais usado — com mais de 150 mil menções. Muitos torcedores pedem a saída do técnico, enquanto outros defendem que o problema é o elenco, não o treinador. A divisão é profunda.
Sim. Com apenas três rodadas restantes, cada ponto vale ouro. Botafogo está a um passo da Libertadores — algo que não acontece desde 2018. Grêmio, por outro lado, corre risco de cair pela primeira vez desde 2002. A pressão é imensa. E esse jogo foi o ponto de virada. Não foi só um resultado. Foi um sinal de que o campeonato está se decidindo — e não mais em campo, mas na cabeça dos torcedores.