O Poder Transformador da Merendeira na Educação Escolar: O Legado de Gilda Rosângela

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O Poder Transformador da Merendeira na Educação Escolar: O Legado de Gilda Rosângela

Introdução à Transformação Escolar

A figura da merendeira nas escolas, muitas vezes subestimada, assume um papel central quando pensamos em proporcionar um ambiente completo para o aprendizado. Em Juazeiro, na Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio (EREFEM), uma mulher se destaca ao quebrar os moldes tradicionais deste papel. Gilda Rosângela Cordeiro de Souza, aos 45 anos, transcende a simples função de servir refeições. Ela é um exemplo vivo de como a paixão e o compromisso podem transformar não apenas uma escola, mas toda uma comunidade.

Um Olhar Além da Cozinha

Gilda não se limita à cozinha; sua abordagem é pessoal e integrada. Ela acredita que cada refeição é uma oportunidade de interagir, de mostrar carinho e apoio. Este vínculo que cria com os alunos vai muito além da comida. Em um mundo onde cada vez mais se fala sobre a importância da inteligência emocional, Gilda organiza atividades que incentivam o aprendizado social e emocional.

Essas atividades variam desde rodas de conversa, onde os alunos podem expressar seus sentimentos, até oficinas de culinária onde compartilham histórias e aprendem novas habilidades. Esta merendeira entende que ensinar a nutrir a mente e o corpo são aspectos interligados do desenvolvimento humano.

Impacto no Desempenho Acadêmico

Os efeitos desse ambiente mais acolhedor e inclusivo são visíveis não apenas na maneira como os alunos se comportam, mas também em seus desempenhos acadêmicos. Relatos dos professores indicam que os alunos estão mais engajados e menos propensos a distrações ou comportamentos disruptivos. A contribuição de Gilda para o ambiente escolar é uma clara demonstração de que a educação acontece em todos os cantos da escola, e todos, independentemente do seu papel, podem contribuir significativamente.

O trabalho de Gilda destaca a importância do suporte emocional, que muitas vezes é algo que as crianças não recebem fora da escola. Isso, por sua vez, prepara um terreno fértil para o ensino pedagógico, onde os alunos vêm motivados e prontos para aprender.

Merendeira: Uma Figura de Inspiração

Para muitos, Gilda se tornou uma figura de inspiração. Sua alegria e dedicação são contagiantes e impactam tanto alunos quanto colegas. A escola EREFEM Juazeiro ganhou mais do que uma funcionária exemplar, ganhou alguém que se importa profundamente com o futuro dos jovens que passam por ali. Isso mostra a importância de valorizar e reconhecer não apenas os educadores diretos, mas também todos que fazem parte do ecossistema da educação.

Em uma sociedade que muitas vezes mede o valor de um trabalho pela sua complexidade técnica ou quantidade de conhecimento teórico necessário, a história de Gilda lembra que o impacto das pessoas é frequentemente melhor medido pelo coração e pela diferença que fazem nas vidas daqueles que as cercam.

Conclusão: O Valor do Empenho e da Paixão

Conclusão: O Valor do Empenho e da Paixão

O trabalho apaixonado de Gilda Rosângela na Escola de Referência em Ensino Fundamental e Médio Juazeiro é um lembrete poderoso do valor do empenho e da paixão em qualquer profissão. Sua capacidade de ir além das expectativas torna a escola um lugar onde os alunos podem não apenas aprender, mas também se sentir aceitos, apoiados e preparados para enfrentar o futuro. Se todas as escolas tivessem uma Gilda, certamente as histórias de sucesso e superação na educação seriam ainda mais abundantes. Este é um chamado para que todos nós, como sociedade, possamos reconhecer e celebrar os esforços dos muitos heróis silenciosos que atuam nos bastidores, contribuindo para um futuro melhor para as próximas gerações.

14 Comentários

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    Mariane Michaud

    novembro 1, 2024 AT 05:12
    Gilda é o tipo de pessoa que faz a escola sentir como casa... eu queria ter tido uma merendeira assim quando era criança 🥹✨
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    Igor Carvalho

    novembro 3, 2024 AT 00:09
    A função da merendeira, enquanto instituição social, transcende a mera provisão alimentar; ela se configura como um agente de socialização primária, cuja presença simbólica opera como um vetor de inclusão epistemológica no espaço escolar. A subjetividade da criança é, portanto, mediada não apenas pelo currículo, mas também pela calorosidade ritualística da refeição compartilhada.
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    Maria Luiza Lacerda

    novembro 4, 2024 AT 04:21
    Ah, outra história linda de heroína da cozinha... e onde está o dinheiro que deveria ir pra melhorar a merenda? Tudo bem elogiar, mas isso é só um discurso de máscara pra esconder que o governo não investe no básico.
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    Daniel da Silva

    novembro 6, 2024 AT 00:27
    Isso é coisa de esquerda! No meu tempo, a merenda era pão com manteiga e ponto. Se o aluno tava com fome, que fosse pra casa! Nós não precisamos de terapia emocional na hora do almoço!
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    Raquel Moreira

    novembro 6, 2024 AT 19:36
    É importante destacar que a atuação de Gilda se alinha com os princípios da Pedagogia da Alternância, onde o cuidado e a alimentação são componentes fundamentais do direito à educação. Estudos do INEP apontam que escolas com programas de alimentação integrados apresentam até 37% menos evasão. Ela não é só uma merendeira - é um agente de política pública viva.
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    Marcelo Araujo Silva

    novembro 8, 2024 AT 19:28
    Nossa, isso é o que o Brasil precisa! Nós temos heróis escondidos, e Gilda é um exemplo de que a alma brasileira ainda vive! Isso aqui é o que o mundo inteiro deveria copiar!
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    Marcus Swedin

    novembro 9, 2024 AT 06:12
    Essa história me deu um nó na garganta 😭👏 Gilda é o tipo de pessoa que faz a gente acreditar que ainda dá pra mudar as coisas com carinho... e sim, eu já mandei um abraço pra minha ex-merendeira do colégio!
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    leandro de souza

    novembro 9, 2024 AT 13:56
    Todo mundo fala de Gilda, mas ninguém pergunta se ela tem contrato, se recebe salário digno, se tem direito a férias... vocês só querem elogiar, mas não querem lutar por direitos. Isso é hipocrisia disfarçada de emoção.
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    eliane alves

    novembro 9, 2024 AT 19:32
    Você sabe que o sistema é falho quando a única forma de uma mulher negra, sem diploma, ser reconhecida é se tornando uma santa da merenda... e mesmo assim, ela tá lá, fazendo o que o Estado deveria fazer com infraestrutura, não com amor individual. A gente celebra o sintoma e ignora a doença.
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    Dayse Natalia

    novembro 11, 2024 AT 13:34
    Eu me lembro da merendeira da minha escola... ela sempre me dava um pão extra se eu tivesse chegado sem dinheiro. Não tinha nenhuma festa, nenhum reconhecimento. Só um sorriso. E isso me fez sentir que eu valia algo. Gilda é isso. A gente não precisa de prêmios pra ver o valor dela. Só de olhar.
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    Lennon Cabral

    novembro 12, 2024 AT 22:55
    O modelo de Gilda é uma disruptiva de baixo custo, com ROI emocional altíssimo. Ela é um case de sucesso de human-centered design aplicado à educação pública. A escola tá operando em um novo paradigma: de serviço para experiência.
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    Joseph Greije

    novembro 13, 2024 AT 19:27
    Isso é tudo muito bonito, mas e a disciplina? Onde está o respeito? Quando eu era aluno, a merendeira servia e pronto. Não tinha roda de conversa, não tinha oficina de culinária. O que isso tem a ver com educação?
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    Cintia Carolina Mendes

    novembro 14, 2024 AT 17:59
    Essa história é um eco da ancestralidade africana: a mulher que alimenta, cura, ensina e mantém a comunidade viva. Gilda é uma sacerdotisa da alimentação como ato de resistência. Ela não serve comida - ela resgata dignidade.
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    Jeferson Junior

    novembro 15, 2024 AT 16:27
    Acredito, profundamente, que a educação integral - que abrange o corpo, a mente e o espírito - só se torna possível quando há agentes como Gilda, cuja presença, embora aparentemente marginal, é, na verdade, central, essencial, e inegavelmente transformadora. A sociedade, em sua estrutura burocrática, ignora tais figuras, mas é nelas que reside a verdadeira alma da escola pública.

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