Se você já ouviu falar de traficantes mexicanos, provavelmente o nome Cartel de Sinaloa foi um dos primeiros a surgir. Mas o que realmente está por trás desse grupo? Vamos explicar de forma simples o que fez o cartel crescer, quem manda agora e como ele afeta a vida das pessoas.
Nos anos 80, três irmãos – Joaquín, Héctor e Alfredo – começaram a contrabandear droga da Colômbia para o México. Eles usavam rotas marítimas e depois transportavam a carga para o interior, principalmente pelo estado de Sinaloa. O negócio deu tão certo que eles formaram uma rede de contatos, compraram armas e começaram a controlar territórios.
A estratégia deles era diferente das gangues locais: ao invés de brigar por cada vila, eles focaram em parcerias com cartéis maiores e na corrupção de autoridades. Isso permitiu que o grupo crescesse rápido, sem precisar de muita violência visível. Ainda assim, quando surgiam rivais, o cartel não hesitava em usar a força.
Joaquín "El Chapo" Guzmán foi o rosto mundial do Cartel por décadas, até ser preso nos Estados Unidos em 2017. Depois da prisão, o comando passou para uma figura chamada Ismael "El Mayo" Zambada, que está à frente desde os anos 2000. Ele prefere trabalhar nos bastidores, mantendo o perfil baixo e usando intermediários.
Além de Zambada, há vários chefes regionais que controlam áreas específicas como Tijuana, Ciudad Juárez e a própria Sinaloa. Cada um tem sua própria pequena organização, mas todos seguem as ordens do núcleo central. Essa estrutura descentralizada ajuda o cartel a sobreviver mesmo quando um líder é preso.O Grupo de "Los Chapitos", filhos de El Chapo, também tenta ganhar espaço. Eles são mais jovens e gostam de usar a internet para negócios, enquanto ainda mantêm as técnicas de tráfico tradicional.
Hoje, o Cartel de Sinaloa domina grande parte do mercado de cocaína, metanfetamina e fentanil que entra nos EUA. Eles também têm investido em negócios legais – hotéis, restaurantes e até esportes – para lavar o dinheiro. Essa mistura de ilegal e legal torna difícil rastrear todo o seu alcance.
Para quem vive nas áreas controladas, o cartel traz segurança médica limitada (como clínicas de atenção rápida) mas também medo constante de violência. Na fronteira, as autoridades ainda lutam contra rotas cada vez mais sofisticadas, como túneis subterrâneos e drones.
O combate ao cartel mudou nos últimos anos: a polícia mexicana e a DEA dos EUA focam em capturar líderes financeiros, congelar contas e destruir laboratórios. Ainda assim, o poder econômico do Cartel de Sinaloa continua firme porque a demanda por drogas não desaparece.Se você quer entender o que está acontecendo no México, fique de olho nas notícias sobre prisões de executivos, confisco de bens e nas investigações de tráfico internacional. Cada nova operação revela um pouco mais da complexa rede que o cartel construiu ao longo de quatro décadas.
Em resumo, o Cartel de Sinaloa começou como um pequeno esquema familiar, evoluiu para uma potência global e hoje se mantém graças à adaptação constante e à corrupção. Saber quem são os líderes e como eles operam ajuda a compreender porque o problema do narcotráfico ainda é tão difícil de resolver.
Ismael 'El Mayo' Zambada, um dos principais líderes do cartel de Sinaloa, e Joaquín Guzmán López, filho de 'El Chapo', foram presos pelas autoridades americanas. Ambos são acusados de comandar operações ilícitas do cartel, incluindo produção e distribuição de fentanil. As prisões marcam um golpe significativo contra o cartel, prometeram os EUA punir todos os envolvidos.