Se você ainda não ouviu falar da COP29, está na hora de mudar isso. A Conferência das Partes (COP) reúne líderes, cientistas e ativistas de todo o mundo para discutir como enfrentar a crise climática. Em 2025, a 29ª edição acontece com foco em soluções práticas, metas mais ambiciosas e, claro, muita pressão sobre os países que ainda atrasam suas promessas.
Mas por que essa reunião importa para você? Porque as decisões tomadas em cada COP influenciam políticas públicas, investimentos em energia limpa e até o preço da gasolina na sua bomba. Vamos quebrar o assunto em partes simples e mostrar o que está em jogo.
A agenda da COP29 está centrada em três pilares: redução de emissões, adaptação às mudanças já acontecendo e financiamento para países vulneráveis. Primeiro, os países desenvolvidos precisam acelerar o corte de gases de efeito estufa para cumprir a meta de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Isso significa fechar usinas de carvão, expandir energia solar e eólica e adotar tecnologias de captura de carbono.
Segundo, a adaptação ganha destaque. As enchentes em São Paulo, as secas no Nordeste e os incêndios na Amazônia são provas de que o planeta já sente os efeitos. A COP29 vai discutir como criar infraestruturas resilientes, como sistemas de alerta precoce e políticas de uso da terra que protejam as comunidades mais vulneráveis.
Por último, o financiamento. Países como o Brasil, que têm grande parte de suas florestas e biodiversidade, precisam de recursos para proteger esses tesouros naturais. A conferência propõe um fundo verde maior, com dinheiro de países ricos, bancos multilaterais e até do setor privado. Essa grana deve financiar projetos de reflorestamento, energia limpa e treinamento de mão‑de‑obra verde.
No Brasil, a preparação já está a todo vapor. O governo federal lançou um plano nacional de descarbonização que inclui metas de redução de emissões de 43% até 2030, alinhado ao acordo de Paris. Além disso, o país está investindo em energia renovável – já temos quase 30% da matriz elétrica vindo de fontes limpas, e a meta é chegar a 50% até 2035.
Os estados e municípios também têm papel fundamental. Cidades como Rio de Janeiro e Curitiba estão testando ônibus elétricos, enquanto o Amazonas tem projetos de monitoramento por satélite para combater o desmatamento ilegal. Essas iniciativas serão apresentadas na COP29 como exemplos de ação prática.
Se você quer acompanhar de perto, fique de olho nas transmissões ao vivo das sessões plenárias – elas costumam ser gratuitas e disponíveis nas plataformas oficiais. Redes sociais também são boa fonte de resumo rápido, mas sempre confira a fonte para evitar fake news.
Quer participar? Existem várias maneiras: Assine boletins de ONGs ambientais, participe de grupos de discussão locais ou até se voluntarie em projetos de reflorestamento. Cada pequena ação soma e mostra que a sociedade civil está atenta às decisões da COP.
Em resumo, a COP29 não é só um encontro de políticos em um hotel. É o palco onde se definem os rumos da luta contra as mudanças climáticas e, consequentemente, o futuro do nosso planeta. Acompanhe, informe‑se e, se puder, coloque a mão na massa. O clima do mundo depende da soma de todas as nossas escolhas.
O Brasil inaugura seu pavilhão na COP29, em Baku, Azerbaijão, destacando seu papel de liderança no combate às mudanças climáticas. Liderada pelo vice-presidente Geraldo Alckmin, a delegação brasileira sublinha metas ambiciosas, como a redução de emissões de gases de efeito estufa entre 59% e 67% até 2035. O pavilhão, com o tema 'Caminhos para a Transformação Ecológica', promove o diálogo sobre as iniciativas brasileiras. O financiamento é crucial para tornar estas ações concretas.