O Hezbollah nasceu nos anos 80, durante a guerra civil libanesa, como resposta à invasão israelense. A ideia era criar uma força que defendesse os muçulmanos xiitas e lutasse contra a presença estrangeira. Desde então, o grupo ganhou força, dinheiro e armas, principalmente com apoio do Irã.
Fundado por clérigos xiitas e veteranos de guerra, o Hezbollah mistura política, serviço social e milícia. Ele oferece escolas, hospitais e ajuda humanitária nas áreas mais pobres, o que explica por que tem tanto apoio entre a população local. Ao mesmo tempo, mantém uma ala militar bem treinada, que já participou de várias guerras contra Israel.
A liderança fica concentrada em um secretário-geral. Por trás dele, existe um conselho que decide ações militares, acordos políticos e a distribuição de recursos. Essa estrutura híbrida dificulta que governos externos lidem com o grupo, porque cortar uma parte não elimina a outra.
Nos últimos anos, o Hezbollah entrou no parlamento libanês e passou a fazer parte de coalizões de governo. Isso lhe dá influência nas decisões internas do país, como orçamento e políticas de segurança. No entanto, essa presença também gera críticas, já que a fila de sanções internacionais vê o grupo como organização terrorista.
Recentemente, o Hezbollah voltou à atenção por seu envolvimento nos conflitos envolvendo Gaza e Israel. Ele lançou foguetes, enviou conselheiros e até abriu rotas de suprimento para outros grupos. Essa participação aumenta a tensão na região e coloca o Líbano em posição delicada entre aliados externos e suas próprias necessidades internas.
No Brasil, o nome Hezbollah costuma aparecer em notícias sobre financiamento internacional e investigações de lavagem de dinheiro. Por isso, entender quem eles são ajuda a contextualizar essas matérias e a perceber como um grupo pode influenciar acontecimentos muito longe da sua base.
Se você quer acompanhar as novidades, fique de olho nas coberturas de agências como Reuters, Al Jazeera e nos relatórios de ONGs de direitos humanos. Elas costumam trazer análises sobre a ação militar, o impacto social e as negociações diplomáticas envolvendo o Hezbollah.
Em resumo, o Hezbollah não é só uma facção armada; é uma entidade que mistura política, assistência social e guerra. Sua presença no Líbano transforma a vida de muitas pessoas, mas também traz consequências graves para a estabilidade regional. Entender essa dualidade ajuda a interpretar melhor as manchetes e a formar uma opinião mais informada.
Na terça-feira, 1º de outubro de 2024, o Irã lançou um ataque de mísseis contra Israel em resposta à morte de Hassan Nasrallah, líder do Hezbollah. Sirenes soaram em várias partes de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, e a população foi orientada a buscar abrigo. O IDF relatou que cerca de 180 projéteis foram disparados, embora ainda não haja uma contagem final. Estados Unidos haviam alertado sobre o ataque iminente.
Os pagers utilizados no ataque a membros do Hezbollah no Líbano foram fabricados por um distribuidor húngaro da empresa taiwanesa Gold Apollo. A empresa afirma não ter envolvimento na produção dos dispositivos, que supostamente continham explosivos escondidos por Israel. Autoridades taiwanesas confirmam que nenhum pager foi enviado ao Líbano.