Quando alguém fala de espionagem, o nome Mossad aparece logo de cara. Mas o que realmente faz essa agência? Em vez de rodeios, vamos explicar de forma simples como funciona, quais foram as missões que marcaram sua história e por que ela ainda gera tanto interesse.
O Mossad foi criado em 1949, pouco depois da fundação do Estado de Israel. Seu objetivo era (e ainda é) proteger o país contra ameaças externas, captar informações estratégicas e conduzir operações clandestinas. A agência faz parte do chamado “Complexo de Inteligência” de Israel, que inclui também a Shin Bet (segurança interna) e a Aman (inteligência militar).
A organização tem uma estrutura bastante enxuta. Na prática, ela se divide em três departamentos principais: coleta de informações (reconhecimento), operações especiais (ações diretas) e análise estratégica (processamento e uso dos dados). Cada um conta com especialistas em tecnologia, idioma, finanças e agentes de campo.
Algumas missões do Mossad ficaram famosas no mundo inteiro. A captura de Adolf Eichmann, responsável pelo Holocausto, em 1960, foi um marco: ele foi localizado na Argentina, preso e levado a Israel para julgamento.
Outra operação lembrada é o ataque ao núcleo nuclear de Osirak, no Iraque, em 1981. Embora a ação tenha sido conduzida por militares, o Mossad forneceu informações cruciais que permitiram o sucesso da missão.
Nos anos 2000, o Mossad também esteve envolvido na busca por cientistas nucleares iranianos. A operação “Operação Orchard”, que matou um cientista em dezembro de 2010, foi atribuída à agência.
Essas ações mostram que o Mossad não se limita a espionagem tradicional. Ele costuma usar disfarces, tecnologia avançada e redes de apoio em mais de 70 países.
Além das missões de alto risco, o Mossad coleta dados sobre movimentos políticos, econômicos e de segurança em todo o mundo. Essa informação ajuda o governo israelense a tomar decisões estratégicas, desde negociações diplomáticas até políticas de defesa.
Mas nem tudo é drama de cinema. O dia a dia da agência inclui a análise de relatos de fontes abertas, monitoramento de redes sociais e a proteção de cidadãos israelenses no exterior. Em situações de crise, como sequestros de turistas, o Mossad coordena equipes para garantir o resgate rápido.
Por que o Mossad desperta tanta curiosidade? Parte vem da imagem de agente secreto que fica nos bastidores, outra parte vem das constantes notícias de ações ousadas. O fato de a agência nunca revelar a identidade de seus agentes também alimenta o mistério.
Se você quiser entender como o Mossad funciona na prática, pense nele como uma rede de especialistas que combinam tecnologia de ponta com habilidades humanas: interrogatório, negociação e infiltração. Cada operação começa com um planejamento detalhado, coleta de inteligência, teste de riscos e, só então, a execução.
Em resumo, o Mossad é a principal ferramenta de Israel para se proteger em um cenário geopolítico complexo. Sua história de quase 80 anos mostra um equilíbrio entre ações de alto risco e o trabalho silencioso de coleta de informações. Seja nas manchetes ou nos corredores da política internacional, o Mossad continua sendo referência quando o assunto é inteligência e operações clandestinas.
Os pagers utilizados no ataque a membros do Hezbollah no Líbano foram fabricados por um distribuidor húngaro da empresa taiwanesa Gold Apollo. A empresa afirma não ter envolvimento na produção dos dispositivos, que supostamente continham explosivos escondidos por Israel. Autoridades taiwanesas confirmam que nenhum pager foi enviado ao Líbano.