Gilberto Gil: quem é, o que fez e por que ainda importa

Se você curte um som que mistura tradição e inovação, já ouviu falar de Gilberto Gil. O cantor, compositor e ex-ministro tem mais de seis décadas de carreira, e cada fase dele conta uma história diferente da Brasilidade. Desde o trio elétrico de Salvador até os palcos internacionais, Gil sempre soube usar a música como ferramenta de mudança.

Do tropicalismo ao governo: a rota inesperada

Nos anos 60, Gil foi um dos pilares do tropicalismo, movimento que misturou rock, samba e psicodelia. Junto com Caetano Veloso, eles provocaram a cena ao colocar o Brasil no mapa mundial da música experimental. Depois de anos de exílio e protestos, Gil voltou ao país e, surpreendentemente, entrou na política. Como Ministro da Cultura (2003‑2008), ele lançou projetos de inclusão digital e valorização das artes populares, mostrando que o poder da canção vai além dos palcos.

Os maiores hits e o que eles dizem

Quem ainda não cantou “Aquele Abraço”, “Expresso 2222” ou “Toda Menina Baiana” está perdendo uma parte da história sonora do Brasil. Cada letra traz uma peça do cotidiano, da luta e da celebração da cultura afro‑brasileira. Gil também experimentou o reggae, o rap e até o eletrônico, provando que a criatividade não tem limites quando o artista está aberto ao novo.

Além dos sucessos, Gil sempre apoiou novos talentos. Ele participou de projetos como o “Concert for Leonard” e deu voz a jovens artistas em programas de TV e festivais. Essa postura de mentor reforça seu papel como ponte entre gerações, mantendo a MPB viva e relevante.

Hoje, Gilbertone ainda faz turnês, grava álbuns e fala em entrevistas sobre a importância da diversidade cultural. Seu discurso simples – “a música é a voz do povo” – continua inspirando músicos, ativistas e quem busca entender o Brasil de forma mais profunda. Se ainda não mergulhou na discografia dele, vale a pena começar pelo álbum “Refazenda”, onde tradição e inovação se encontraram de maneira única.