Quando falamos de liberdade de expressão, a primeira coisa que vem à mente é o direito de dizer o que pensamos sem medo de ser punido. No Brasil, esse direito está na Constituição, mas a prática costuma esbarrar em questões de censura, discurso de ódio e até decisões judiciais. Vamos conversar sobre como isso funciona na prática e o que tem rolado nos últimos meses.
A Constituição de 1988 assegura a liberdade de expressão como um pilar da democracia. Artigo 5º, inciso IX, garante que “é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura”. Isso cobre tudo, de publicações em jornais a posts nas redes sociais. Mas ter o direito na lei não significa que ele seja absoluto.
Por exemplo, a mesma Constituição protege a honra, a imagem e a intimidade das pessoas (incisos X e XLI). Quando alguém ultrapassa a linha e ataca a dignidade alheia, a justiça pode intervir. O equilíbrio entre falar livremente e respeitar o próximo é o grande desafio.
Nos últimos anos, a mídia tem enfrentado situações que testam os limites da liberdade de expressão. O remake da novela *Vale Tudo* trouxe personagens LGBTQ+ e discussões sobre moralidade, gerando debates acalorados nas redes sociais. Alguns críticos pediram censura, mas a produção manteve o conteúdo, mostrando que a criatividade pode conviver com controvérsias.
Outro caso que ganhou destaque foi a decisão judicial que limitou a transmissão de determinadas imagens em programas de entretenimento, citando proteção à infância. Embora a intenção seja boa, críticos argumentam que a medida pode abrir precedentes para restrições indevidas.
No meio digital, plataformas como Instagram e TikTok têm políticas de remoção de conteúdo considerado discurso de ódio ou fake news. Muitos usuários alegam que as regras são confusas e que a aplicação é desigual. Se você tem um canal ou página, vale a pena ler os termos de uso a fundo para não ter seu conteúdo tirado de repente.
Recentemente, o governo aprovou um projeto de lei que criaria um órgão regulador para fiscalizar conteúdos online. Defensores dizem que é para combater desinformação, mas opositores temem que isso pode ser usado para silenciar opiniões divergentes. O debate está quente e ainda não há consenso.
Se você é jornalista, blogueiro ou simplesmente gosta de opinar, fique atento a duas coisas: primeiro, mantenha sempre fontes confiáveis; segundo, saiba que, se alguém se sentir ofendido, pode entrar com ação judicial. O melhor caminho é dialogar, apresentar provas e evitar ataques pessoais.
Para quem quer se aprofundar, vale acompanhar casos de direito à informação, como a discussão sobre a Lei de Licenciamento Ambiental sancionada com vetos. Embora não pareça direto, a maneira como o governo controla informações sobre projetos pode impactar a liberdade de expressão de ambientalistas e jornalistas.
Em resumo, a liberdade de expressão no Brasil é forte, mas precisa ser exercida com responsabilidade. Use a voz para informar, questionar e construir, mas sempre lembrando que respeito ao próximo faz parte desse direito. Se ficar em dúvida, procure orientação jurídica – melhor prevenir do que ter que lidar com processos depois.
A plataforma de mídia social Rumble, popular entre influenciadores de direita, retomou suas operações no Brasil em 8 de fevereiro de 2025 após uma pausa de 14 meses. Eduardo Figueredo celebrou o retorno e lançou a iniciativa Terça Livre para promover a liberdade de expressão, destacando debates sobre regulamentação digital no país.