A novela *Vale Tudo* marcou época no final dos anos 80 pela sua crítica social e personagens inesquecíveis. Agora, em 2025, a TV Globo lança a aguardada releitura dessa obra-prima, trazendo à tona tanto a nostalgia quanto mudanças significativas. Sob a direção de Manuela Dias, o remake procura atualizar o enredo e personagens de maneira a refletir a sociedade contemporânea do Brasil.
Uma das novidades mais comentadas é o elenco estrelado por Taís Araújo como Raquel, Bella Campos no papel de Maria de Fátima, Renato Góes vivendo Ivan, e Cauã Reymond encarnando César Ribeiro. O infame empresário Marco Aurélio, conhecido por sua falta de escrúpulos, agora é interpretado por Alexandre Nero.
Mudanças nos Personagens e Enredo
A trama de Maria de Fátima e César Ribeiro tem uma reviravolta logo nos primeiros episódios. Diferente da versão original onde o romance se desenvolvia gradativamente, o remake acelera o relacionamento entre Maria de Fátima e César, mostrando-os juntos na intimidade bem mais cedo na narrativa.
Outra atualização significativa é vista no desenvolvimento de Solange Duprat que, de jornalista de moda, passa a dirigir uma agência de conteúdo, refletindo as novas escolhas de carreira na era digital. Além disso, a nova narrativa abraça a diversidade com a inclusão do romance entre Cecília e Laís, oferecendo uma representação positiva que não era possível em 1988.
Gildo se transforma em Gilda, uma garota mais velha apoiada por Raquel, oferecendo uma nova perspectiva de poder e transformação pessoal. Este detalhe acrescenta uma camada de empoderamento feminino ao enredo clássico.
Contexto Atualizado e Cenas Nostálgicas
O remake também aproveita para atualizar o cenário. A mudança do bairro carioca do Catete para Vila Isabel é um reconhecimento das mudanças urbanas e sociais em curso há décadas. Outra cena icônica, como a chegada de Marco Aurélio de helicóptero, faz eco aos dramas corporativos vistos em séries como *Succession*, trazendo a crítica às práticas comerciais antiéticas para um contexto mais atual.
Os produtores mantiveram algumas das cenas mais queridas pelos fãs, como Raquel vendendo sanduíches, mas acrescentaram releituras e desafios modernos, como questões de saúde e dificuldades profissionais contemporâneas. Ao equilibrar o respeito à obra original com essas novas abordagens, a nova versão de *Vale Tudo* busca conquistar tanto o público antigo quanto despertar o interesse dos novos telespectadores.
Edson Costa
abril 6, 2025 AT 20:55Essa nova versão ta pegando fogo mesmo, hein? Taís Araújo como Raquel ta arrasando, parece que ela nunca saiu daquele tempo. E o Cauã Reymond como o César? Me deu arrepios na primeira cena.
Na minha casa todo mundo ta grudado na TV, até meu avô que nunca viu a versão antiga ta pedindo pra gravar.
Essa mudança do Catete pra Vila Isabel ta perfeita, mais real, mais brasil.
Thiago Leal Vianna
abril 8, 2025 AT 19:55mano eu juro que chorei quando a Maria de Fátima e o César se beijaram no terraço, a cena ta igualzinha da versão antiga mas com mais emoção, tipo, o amor ta mais verdadeiro agora, nao so um roteiro bonitinho.
o gildo virando gilda foi uma sacada do caralho, nao esperava isso, mas ta perfeito.
Maria Luiza Lacerda
abril 10, 2025 AT 17:13ah sim, claro, mais diversidade, mais representatividade, tudo muito bonitinho... mas cadê a essência da novela? a original era crua, violenta, real. agora ta virando um conto de fadas com direito a casal lésbico e agência de conteúdo.
isso nao é evolução, é politicamente correto disfarçado de arte.
Igor Carvalho
abril 11, 2025 AT 03:28É indiscutível que a reinterpretação proposta pela TV Globo opera uma síntese dialética entre a memória cultural e a contemporaneidade. A transformação de Gildo em Gilda, por exemplo, não é meramente semântica, mas uma reconfiguração ontológica do sujeito feminino dentro da estrutura patriarcal.
Além disso, a substituição do Catete por Vila Isabel representa uma deslocação espacial que espelha a reconfiguração da classe média brasileira na era pós-pandemia.
Daniel da Silva
abril 13, 2025 AT 02:11isso tudo é uma vergonha, a gente tinha uma novela de verdade e agora virou uma peça de teatro gay com agenda progressista. o que o Brasil precisa é de histórias reais, não de fantasias políticas.
se quiserem fazer um remake, faça igualzinho o original, sem essas novidades estranhas.
Mariane Michaud
abril 15, 2025 AT 00:46eu to amando demais, tipo, a Cecília e a Laís ta me fazendo acreditar em amor de novo, e o fato de a Solange ser chefe de uma agência de conteúdo? QUE VIDA, QUE SONHO!
o Marco Aurélio com o Alexandre Nero ta sendo o vilão mais gostoso que eu já vi na vida, tipo, eu queria ser ele e odiar ele ao mesmo tempo.
essa novela ta me dando energia, meus dias ta melhorando só por causa dela, obrigada, equipe!
Jeferson Junior
abril 16, 2025 AT 12:16Embora a reestruturação narrativa da trama, sob a direção de Manuela Dias, possa ser interpretada como uma tentativa de atualização, é necessário observar com cautela a descontinuidade de certos elementos simbólicos da versão original. A aceleração do romance entre Maria de Fátima e César, por exemplo, compromete a construção psicológica dos personagens, reduzindo-os a meros veículos de uma narrativa de consumo imediato.
Além disso, a inclusão da relação homoafetiva, embora socialmente desejável, carece de uma justificativa dramática plena, tornando-se, em certa medida, uma mera convenção de mercado.
Raquel Moreira
abril 16, 2025 AT 22:30Correção: a personagem que se tornou Gilda não era Gildo na versão original - era um homem chamado Gildo. A mudança para Gilda é uma reinvenção, não um simples ajuste de gênero. Isso é importante porque muitos estão confundindo adaptação com erro de tradução.
A nova Gilda traz uma complexidade que o personagem original nunca teve - e isso é arte, não política.
Pedro Lukas
abril 18, 2025 AT 21:35Eu não sou fã de remakes, mas isso aqui me fez voltar a acreditar. A cena do helicóptero do Marco Aurélio? Perfeita. A forma como eles mantiveram o sanduíche da Raquel mas colocaram ela com dor nas costas e precisando de fisioterapia? Isso é real.
Isso é o que a gente quer: lembrança com alma. Não é só nostalgia, é evolução com respeito.
Parabéns, Globo. Vocês fizeram algo raro: uma nova versão que não apaga o passado - e sim o honra.